O remédio amargo

Antonio Alves

A  derrota dói, qualquer derrota. No xadrez, como na vida, dói mais para aqueles que tem consciência de que a responsabilidade é toda sua, pessoal, intransferível. Não foi porque o companheiro errou ou porque o juiz roubou, nem porque o patrão estava de mau humor, o pneu furou, a ligação caiu, o signo não combinava… nada. A responsabilidade foi toda minha e de mais ninguém. Eu, o incompetente, burro, que não vi o óbvio e estraguei tudo: o trabalho, o relacionamento, a viagem, a vida.
O remédio amargo